Nem Freud explica

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Já parou pra pensar que ser normal é normalmente estar fora da normalidade, logo: ser anormal?Muito confuso?Nada disso, muito lógico. Faça uma reflexão, encarne o olhar de uma criança (aquele que se admira com tudo que o novo mundo oferece, que percebe nos mínimos detalhes, com simplicidade, o que quer ser expresso e compreendido) e passe a reparar nas pessoas, no comportamento estranho que apresentam na maioria das situações.
Um primeiro exemplo: festas, ou ainda melhor, uma ”rave” (é válido ressaltar que há excessões): nós, jovens contemporâneos, ficamos horas e horas ouvindo uma ”música” que só tem uma palavra ”tutz, tutz, tutz” (quase um soneto petrarquiano com rimas ricas e intercaladas – tom mais que irônico) e é mais ”style” quem fizer a dança mais criativa ou descolada (tosca) (obs.: no entanto, se nós víssemos um cara dançando isso em plena av. 13 maio às 3 horas da manha, já teria o Will Smith em MIB - Homens de preto, aliado ao FBI, CSI e a SWAT e uma bomba do Bin Laden) Não, mas na rave é muito descolado, e quando fazem o ”rebolation” a galera sai de si. ZzzzZzzzZzzzZ.– não estou criticando (até porque eu gosto), estou analisando. ah, um breve conselho para as distribuidoras de pirulito Pop: ponham uma tenda em todas essas festas, nunca vi coisa para usarem tanto (seria interessante se a Pop se unisse aos dentistas, imagina a quantidade de empregos diretos e indiretos que produziria).
Outro exemplo: moda. É impressionante. Querer ser adepto da moda é completamente insano: você compra e em uma semana todas as mulheres (e os simpatizantes) têm também. Gente, (sem querer ser hipócrita, porque eu sou modista, todas somos, de fato) como dizia uma grande amiga minha ”o que tem a ver, em pleno Ceará, usar aqueles lenços no pescoço?” Estamos na TERRA DA LUZ!Tem mais anormal do que isso?Entramos no shopping, e nos deparamos com uma mulher de sobretudo PRETO e botas longas. Acho que quando ela for entrar no carro, antes disso, já tem sido carbonizada pelo sol. Seria trágico se não fosse cômico.
Um bebê, vocês acham que eles ficam rindo de que quando ficamos: ”Gugudada, cadê o nenenzinho da bibia, cadê? Bruuum, bruuuum, cadê? Achou hihihihi” Ele deve pensar: ”Nossa que idiota (risos)”.
Depois vem gente me dizer que existe Aliem mundo a fora. Sim, existe, somos nós.
Alguém honesto, com caráter, educado, que ainda não acha rotineiro ver mortes na televisão e que não engole tudo que a mídia vomita...Tem mais normal que isso? Sejamos normais. Os anormais, o mundo já esta cheio deles.E eles, nem Freud explica.
”Todos somos filhos de Deus só não falamos a mesma língua” (Zeca Baleiro)

Férias pra que te quero, se tenho apostilas pra estudar?

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Início de julho todo mundo se preparando pras férias que estão por vir. E os ”estourados” (eufemismo de desocupados) apenas falam em baladas, praias, paqueras, relaxar e go..Curtir.. enquanto, os vestibulandos de plantão se inscrevem em cursos e mais cursos de férias, com apostilas de férias, professores de férias, amigos de férias, aulas de férias... E no final só tem nome diferente, porque são os mesmos cansados tipos do dia-a-dia.Mas, agora questiono, PRA QUE DIABOS que se chama tudo isso de coisas de férias se estes pobres coitados não as terão?Merchandising barato. Colégios capitalistas, argh. ”Pode ir à paisana” é, com certeza, vai fazer a diferença – tom irônico. E o melhor de tudo é sua aparência, seu estado: pálido e sem vida, parecendo mais Edward Cullen em ”O Crepúsculo” (que por sinal é mais um best-seller para venda, apesar da história ser muito boa. Enfim, todo tipo de leitura é bem-vinda – boom, quase toda, maliciosos.) Recapitulando, palidez notória, porque praia?Nem pensar. A não ser que seja pra estudar o tabuleiro litorâneo. Você engorda ou emagrece (o meu caso) E ainda pra dar uma de intelectual e assustar os concorrentes, quando te perguntam o porquê de você estar assim: - Eu to fazendo uma pesquisa, um trabalho, em que estudo o funcionamento de aminoácidos no meu próprio corpo. É, ta valendo tudo para massacrar essa concorrência assassina. Então chega o fim de férias e todos lindos, bronzeados e torneados, comentando dos amores, desamores; as fofocas mais empolgantes. E você, meu caro companheiro vestibulando, contando das traças que conheceu nos livros; das rinites alérgicas que teve por causa desses, daquela questão de 2ª fase, tão almejada por todos da sala, que conseguiu resolver; dos bibliotecários mais interessantes que já conheceu na vida; da amizade que teve com os monitores e fiscais...É muito empolgante mesmo. Tudo bem riremos por último, mas bem melhor hahaha – risada maléfica. Tudo beeem, muuuita hipérbole, até parece que não da pra conciliar né?Que todos, independentes de raças (referentes às formas de aproveitar este mês) curtam suas tão curtas e esperadas férias. Boas Férias